quinta-feira, 9 de julho de 2009

Invasão de Verge (Prelúdio)

O retorno da cidade de Luln foi tumultuado. As estradas do reino de Karameikos apresentam muitos perigos e surpresas desagradáveis. Após o combate com o dragão branco, por entusiasmo e inexperiência, os heróis, agora conhecidos como ‘Irmandade do Dragão Branco’, deixaram a cidade sem suprimentos suficientes para a viagem, o que poderia se tornar um sério problema. Mas, infelizmente, este não foi o maior problema do grupo. Após algumas horas de viagem, já no meio da noite, um encontro com um grande grupo de bugbears armando uma emboscada no meio da estrada cercada de mata densa, causou-lhes alguns problemas, mas a situação ainda haveria de piorar. Perseguindo quem parecia ser o líder dos bugbears, e que levava uma pequena menina como refém, os heróis adentraram um velho casarão que apresentava sinais de estar abandonado. Logo após adentrarem o casarão, depararam-se com um problema com o qual realmente se preocupar. Repentinamente, as portas e janelas cerraram-se hermeticamente, todos se viram diante de algo que não poderiam fugir e que punha em risco suas vidas. O casarão era mal assombrado, infestado de zumbis e carniçais controlados pelo espectro de um mago louco que morreu tentando encontrar uma fórmula para a vida eterna em nome de um amor não correspondido. O espectro exigia que o entregasse uma vida dentre o grupo para que ele pudesse tomar este corpo, e assim, voltar à vida. O grupo, agora unidos em prol de um motivo maior, é claro, não aceitaram nenhum tipo de barganha, preferindo todos lutarem até a morte a ter que entregar covardemente um dos seus.


Enquanto procuram por uma saída os heróis descobrem que o líder dos bugbears, de alguma forma conseguiu fugir, deixando para trás a pobre menina que agora jazia sem vida no chão de uma cozinha suja, sendo devorada por putrefatos carniçais, os quais foram chacinados sem piedade pela irmandade que permanecia tocada pelo pavor, ódio e tristeza. Após algumas longas e desgastantes horas combatendo criaturas mortas-vivas e procurando uma maneira de livrarem-se com vida e sanidade deste pesadelo aparentemente sem fim, o grupo achou uma passagem secreta que ao ser aberta revelou uma velha e abandonada cripta que apresentava uma arquitetura ao estilo do antigo povo hutaakano. Nesta cripta aconteceu o combate decisivo entre a Irmandade do Dragão Branco e o espectro do mago louco e seus asseclas infernais. Mas foi devido a uma ajuda do destino e a grande astúcia de Nikolai que os heróis conseguiram realmente sair com vida deste terrível pesadelo. Quando tudo o mais parecia perdido e no meio de uma feroz batalha contra odiosos carniçais, foi possível a Nikolai perceber uma cavidade em forma de coração no centro de uma tumba que estava localizada nos fundos da cripta. Justamente na forma e tamanho do coração de prata que haviam encontrado numa sala do velho casarão. Ao manifestar a intenção de pôr o coração de prata nesta cavidade, o espectro do mago louco se materializou em frente a Nikolai tentando impedi-lo de realizar sua intenção. Ambos então travaram uma breve discussão verbal na qual o espectro, surpreendentemente, demonstrava uma certa temerosidade, mas sem perder sua superioridade. O debate se acalora e quando o espectro faz menção de atacar o impetuoso Nikolai, este rapidamente põe o coração no local que parecia seu local original. O obscuro espectro então solta um grito gutural de agonia e começa a se esvaecer sendo tragado para dentro da tumba pelo coração de prata, aparentemente inofensivo. O espírito perturbado do velho mago louco retorna para seu antigo corpo mumificado dentro da tumba e o reanima, fazendo-o retornar a vida numa forma não-morta. O combate prossegue contra o mago morto-vivo, mas agora torna-se mais fácil para a Irmandade derrotá-lo, mesmo sendo uma forma de zumbi mais poderoso e inteligente, os carniçais já haviam sido derrotados e o grupo estava confiante que faltava pouco para verem-se livres desta prisão sobrenatural.

O mago-zumbi é atacado com uma seqüência de ataques combinados entre os guerreiros e Warlock que o fazem sucumbir definitivamente. De repente, a escuridão tomou conta de tudo, ouvia-se ruídos de pedras se deslocando e tinham a impressão de que a cripta desabaria sobre suas cabeças. Então, todos perderam os sentidos e caíram desmaiados, provavelmente tendo como últimos pensamentos que não veriam mais o brilho do sol surgindo de manhã, por de trás das montanhas Altan Stepes. Ao acordarem, um a um, surpreenderam-se ao perceber que não estavam mais dentro da cripta, nem mesmo no casarão, estavam no chão na beira da estrada onde parecia se localizar anteriormente o casarão e que agora havia desaparecido misteriosamente. Já era dia e o sol já estava alto mas o frio permanecia, fazendo seus ferimentos doerem mais.

Após recobrarem-se, ainda sem acreditar que tudo realmente acontecera, o grupo avistou a carroça em que viajavam, mas não encontraram os cocheiros. Fazendo uma rápida investigação pela área, perceberam que havia um rastro de sangue e algo que foi arrastado para dentro do matagal que beira a estrada. Resolveram seguir o rastro na esperança de encontrá-los vivos e também de vingarem-se dos bugbears que haviam assassinado uma família inocente que passava pela estrada. Não demorou muito para que encontrassem o covil dos bugbears e de longe viram uma gaiola de madeira onde estavam os cocheiros desacordados. Os astutos bugbears logo perceberam a presença de intrusos e uma intensa batalha teve início. Era uma gangue de quase 20 bugbears que proporcionaram uma luta muito dura para os heróis, pois estes combatiam sem uma estratégia definida, talvez devido às dificuldades pelas quais passaram recentemente. Mas, enfim, os heróis conseguiram superar seus inimigos, o líder, assassino da pobre menina, caiu gravemente ferido devido uma seqüência de ataques poderosíssima de Warlock com seu martelo Gruthay. O xamã, após alguns minutos de luta, fugiu para o interior da caverna a fim de evitar sua morte eminente. O grupo então, decidiu não segui-lo, pois alguns também estavam gravemente feridos e não sabiam o que iriam encontrar mais ao fundo da caverna.


Assim, salvaram os cocheiros e retornaram para a estrada a fim de seguir viagem a pé, pois os cavalos haviam sido comidos pelos humanóides. Seguiram caminhando à beira da estrada, colheram alguns frutos para se alimentar, mas estavam sem água. A noite chegou mais uma vez, então os heróis adentraram um pouco na floresta procurando um local mais seguro para acampar. Após montarem acampamento, fizeram turnos de revezamento para montar guarda, sendo Silverleaf e Tanat os que montaram guarda primeiro. Após a primeira hora de guarda, os outros já haviam dormido exaustos devido ao dia difícil que tiveram, mas a preocupação ainda os rondava devido ao destino incerto que os aguardavam sem comida, sem água e sem transporte para retornar à Trheshold. Na floresta muitos ruídos estranhos podiam ser ouvidos, mas com o tempo puderam se acostumar. Foi quando um barulho incomum chamou a atenção dos vigilantes, logo seguido por uma movimentação agitada na mata à frente. Silverleaf deu o sinal disparando uma flecha para alertar os outros de que havia algo errado, como tinham combinado. Os outros acordaram e logo perceberam a movimentação agitada na mata que seguia rapidamente na direção deles. Prepararam-se para um combate iminente, alguns pensando que eram animais selvagens como javalis ou algum grande felino, mas o que viram surpreendeu à todos, pequenos humanóides mortos-vivos de uma raça desconhecida atacaram sem demora movendo-se rapidamente de um lado para o outro e soltando gritos e chiados, golpeando com ambas as garras. A pouca iluminação que vinha da fogueira ao longe dificultava o combate para alguns, as criaturas eram muitas e lutavam sem parar até a morte. Logo os bravos guerreiros começaram a cair inconscientes sucumbindo aos ataques velozes dos pequenos inumanos, inclusive o clérigo Warlock, tirando do grupo a última chance de sobreviver com o uso de suas magias de cura.


Após mais alguns minutos de combate que na verdade pareciam horas sem fim, os humanóides mortos-vivos foram exterminados, principalmente graças ao apoio aéreo de Silverleaf e Tanat com suas flechas do alto do topo das árvores. Com exceção dos dois e dos cocheiros que haviam se escondido nos arbustos quando o combate começou, o restante do grupo haviam caído gravemente feridos e parecia não haver salvação para eles. A consternação se apoderou de Silverleaf e Tanat que nada poderiam fazer para salvar a vida de seus companheiros. O desespero já tomava conta do sensível coração élfico de Silverleaf ao observar as pessoas que aprendeu a admirar e respeitar nos últimos meses de sua vida, as pessoas que dedicavam suas vidas para que todos permanecessem vivos, e que se tornaram seus amigos, mesmo ele ainda não tendo consciência disto; pessoas que seriam importantes durante todos os séculos de sua vida. Talvez ele não suportaria vê-los morrer e chegar ao fim algo tão bonito que estavam construindo juntos. Algo que viveria em seus corações para todo sempre. Algo que os uniria como irmãos, indiferente de credos e raças. Algo que os permitia serem felizes num mundo de desigualdades e injustiças em breves momentos em que podiam estar reunidos e relembrar seus feitos heróicos. Toda a diferença de ideologias e condutas que os separavam como seres individuais, neste momento, se tinham algum efeito, era de união, pois a morte só deveria vir para quem a merece.

Muitas pessoas, em várias culturas conhecidas do continente de Mystara desde os Cinco condados até as terras do norte, acreditam que os deuses e imortais brincam negligentemente com a vida de seus povos e raças. Isso tem se mostrado, em várias ocasiões distintas, verdade e mentira. Há aqueles que consideram tal crença como absurdos inaceitáveis, mas analisando a história como ela chega até nossos dias, tal crença não parece infundada.

Do meio do mato sai um homem de baixa estatura, quase raquítico, maltrapilho e com alguns curativos espalhados pelo corpo. Com grande pesar, comoção e humildade, observáveis em sua fisionomia e postura, tal homem se aproxima do corpo inconsciente de Par Thanar, tira de suas mãos seu Escudo da Piedade, empunha-o com veemência e inicia uma prece dirigida ao imortal Halav. Todos observam incrédulos com o que pode acontecer, já que conhecem os efeitos do escudo nas mãos de Warlock. Inacreditavelmente, alguns segundos após o início da oração, Par Thanar começa a recobrar o juízo, o êxtase de fé invade a essência de todos os presentes, e cada um, ao seu modo, é capaz de contribuir com seus pensamentos positivos para que o cocheiro, um humilde e desconhecido clérigo da Igreja de Traladara, consiga alcançar seu objetivo sagrado. Passados alguns minutos, como que por um milagre de Halav, Warlock está de pé, ainda muito ferido, mas em condições de ajudar seus companheiros que necessitavam de seu auxílio.

3 comentários:

  1. foda demais!só eskeceu da parte que dargar deu uma sequencia de golpes com seu machado do trovão fazendo o espectro dar gritos de desespero e dor,mas fikou foda! ah! halav!

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  2. É, ás vezes foge da mente algumas coisas.

    Sabe como é!!!

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  3. ficou bacana!!

    não vejo a hora de voltarmos a jogar!

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