terça-feira, 21 de abril de 2009

Relatos: "A Morte do Xamã Brenil"

O túnel de pedra escura adentrava-se mais profundamente na montanha e diferente do frio lá fora, os heróis sentiam emanações de ondas de calor vindas do fundo. A tocha iluminava cada vez menos e crepitava muito, mas ainda projetava estranhamente, sombras bizarras refletidas nas paredes de pedras tortuosas. Então, o grupo chega a um alargamento no túnel e junto com as ondas de calor sentem um odor putrefato muito forte, um odor que causa medo e lembra morte. É quando avistam à frente, apesar da luz bruxuleante e fraca da tocha, corpos humanos jazendo sem vida amontoados nos cantos juntamente com corpos de humanóides kobolds. Mesmo à distância e com pouca iluminação, todos conseguem perceber os sinais da morte rápida e dolorosa causada pela febre, juntamente com marcas de ferimentos semelhantes a furos de garras como haviam visto no corpo na entrada da mina. De repente, numa cena bizarra e maligna, seis corpos sem vida começam a se mexer e com dificuldade se levantam, avançando cambaleantes em direção ao grupo, emitindo sons sobre-humanos com sede e fome de sangue e carne humana. O clérigo Par Thanar, fervorosamente invoca o poder do seu imortal Halav através de orações com o intuito de espantar os mortos-vivos. Avançando sobre eles, a devoção de sua fé sobrepuja a ferocidade da morte amaldiçoada, assim, os não-mortos são afugentados, emitindo rosnados e grunhidos aterradores, para o interior profundo da caverna. Mais tarde, os heróis descobririam que a demonstração de poder e fé do clérigo, na verdade se tornaria uma decisão equivocada e perigosa que poderia custar a vida de alguém.
Seguindo mais ao fundo da mina, o grupo chega a uma grande área semicircular onde no canto direito se encontra a fonte de água que procuravam. E no canto esquerdo, ajoelhado aos pés de um pequeno altar com uma imagem do deus caolho Gruumsh, concentrado em oração nefasta, está o xamã orc Brenil, do qual ouviram falar na pequena cidade de Verge, escoltado por quatro orcs robustos armados com maças-estrelas e sempre prontos para esmagar o crânio de alguém. Ao lado do altar estão doze jovens orcs armados com machados, são os que sobraram do clã Garra Despedaçante, jovens, mas demonstram o ódio e fúria que sempre os fortalecem em batalha. Os guardas do xamã Brenil avistam os invasores e chamam sua atenção, este ordena que seus lacaios ataquem, ordena também aos não-mortos acuados na beira da fonte que ataquem novamente, os quais retornam ao combate com fúria redobrada, enquanto o xamã inicia o conjuro de uma magia, protegido pelo escudo humanóide que formam seus guardas. Os heróis então, preparados para o combate tomam a iniciativa. Silverleaf ataca os não-mortos com suas flechas enquanto eles avançam lentamente, Jocasta e Par Thanar preparam-se para o combate corpo-a-corpo com os lacaios orcs. O mago Kalroth rapidamente, executando movimentos estranhos e recitando palavras místicas, inicia a conjuração de uma magia. Exatamente no momento em que os lacaios orcs o alcançam, surge de sua mão uma grande labareda de fogo e com um movimento horizontal a labareda, como uma língua de fogo, lambe os corpos sujos dos orcs atacantes que se desesperam num alvoroço para logo caírem mortos espalhados pelo chão. Com os lacaios orcs fora do caminho graças à poderosa magia arcana de Kalroth, Jocasta e Par Thanar avançam contra os guardas e Kalroth decide, num acesso de bravura ou loucura, entrar em combate corpor-a-corpo com os zumbis. A brava guerreira e o clérigo travam uma dura batalha com os guardas bem treinados, já Kalroth e Silverleaf têm menos sorte no confronto com os zumbis. O mago é rapidamente derrubado, não resistindo ao ímpeto das doze mãos com fúria inumana avançando sobre si. O elfo ao tentar ajudá-lo é derrubado na fonte e na tentativa de não ser tragado pela montanha, perde sua espada. Travando uma violenta batalha contra os guardas orcs, Jocasta e Par Thanar conseguem derrubar dois deles, então, a guerreira abandona o combate e parte na direção dos zumbis na tentativa de ajudar o mago Kalroth, que neste momento está sendo devorado pelos malditos não-mortos, num macabro ritual de necrofagia. Silverleaf consegue se erguer e se apoiar numa viga de pedra dentro da fonte, obtendo uma posição privilegiada para atacar o xamã Brenil com seu arco. A primeira magia do xamã orc lançada sobre o clérigo de Halav falha, mas a segunda não e ele invoca centenas de insetos rastejantes e voadores que se aglomeram em cima do clérigo, justamente no momento em que ele sobrepuja os orcs com a força de sua maça e o ódio natural dos clérigos de Halav pelos humanóides malignos, partindo em direção ao xamã se exitar. Este já executando outra magia, de repente, é alvejado por uma flecha certeira do elfo que quase o trespassa, causando um ferimento muito profundo, cancelando sua magia e arrancando dele um urro ensurdecedor de raiva e dor. Jocasta já tendo eliminado os zumbis, não sem dificuldade, prepara-se para também atacar o xamã Brenil, último sobrevivente conhecido do clã Garra Despedaçante. Brenil, muito irado, mas gravemente ferido pela flechada, prepara-se para o combate rugindo palavras no seu idioma e balançando seus manguais com movimentos longos. No entanto, Jocasta, num momento de inspiração furiosa, investe contra o grande xamã orc e com uma seqüência de ataques rápidos e implacáveis, derruba-o, sangrando abundantemente e mortalmente ferido. Brenil, que tinha a fama de impiedoso e implacável combatente, rugindo de dor e vociferando maldições no seu idioma profano, encontra então, a morte, sem nem mesmo ter a oportunidade de desferir um ataque.

4 comentários:

  1. como sempre jocasta "finalizando" os inimigos com muito glamour..

    ResponderExcluir
  2. xamã de merda um verdadeiro bunda raxada

    ResponderExcluir
  3. Coitado do meu xamã, feito com tanto carinho!

    Da próxima vez vocês vão ver!!!

    ResponderExcluir